DIA DO BEIJO - Especial Bellard e Robsten (2010)
2010
Eclipse (Capítulo 2 - Fuga)
Eu olhei para cima, tencionando fazer uma observação sarcástica, mas o rosto dele estava mais próximo do que eu esperava. Seus olhos dourados estavam queimando, afastados apenas centímetros, e sua respiração estava fria contra meus lábios abertos. Eu podia sentir o gosto do seu cheiro na minha língua. Eu não consegui lembrar da resposta mordaz que eu quase tinha feito. Eu não conseguia lembrar do meu nome. Ele não me deu a chance de me recuperar. Se as coisas fossem do meu jeito, eu passaria a maior parte do meu tempo beijando Edward. Não havia nada que eu tivesse experimentado na minha vida que se comparasse à sensação dos lábios dele, frios e duros como mármore, mas sempre tão gentis, se movendo com os meus. As coisas geralmente não eram do meu jeito. Então me surpreendi um pouco quando seus dedos se entrelaçaram no meu cabelo, segurando meu rosto com eles. Meus braços se prenderam ao seu pescoço, e eu desejei que fosse mais forte – forte o bastante para mantê-lo prisioneiro aqui. Uma mão escorregou para as minhas costas, me pressionando mais apertado contra seu peito de pedra. Mesmo sob seu suéter, a pele dele estava fria o bastante para me fazer tremer – era um tremor de satisfação, de felicidade, mas suas mãos começaram a afrouxar em resposta. Eu sabia que eu tinha mais ou menos três segundos antes de ele suspirar e me empurrar para longe com jeito, dizendo alguma coisa sobre como nós tínhamos arriscado minha vida o suficiente por uma tarde. Aproveitando-me ao máximo dos meus últimos segundos, me pressionei mais para perto, moldando-me à forma dele. A ponta da minha língua traçou a curva do seu lábio inferior; era tão perfeitamente macio como se tivesse sido envernizado, e o gosto...
Ele colocou meu rosto longe do dele, quebrando meu abraço com facilidade – ele provavelmente não tinha nem percebido que eu estava usando toda a minha força. Ele soltou um risinho uma vez, um som baixo, gutural. Seus olhos estavam resplancedentes com a excitação que ele tão rigidamente controlava.
"Ah, Bela." Ele suspirou.
"Eu diria que sinto muito, mas eu não sinto."
"E eu deveria sentir muito por você não sentir muito, mas eu não sinto. Talvez eu devesse sentar na cama."
Exalei um pouco vertiginosamente.
“Se você acha que isso é... necessário." Ele deu um sorriso torto e se soltou.
Eclipse (Cap 7 - Final Infeliz)
E eu não me importei se eu devia estar com raiva dele. Eu não me importava se eu devia estar com raiva de todo mundo. Eu me inclinei pra ele, encontrei a sua mão na escuridão, e me puxei pra mais perto dele. Os braços dele me circundaram, me segurando contra o peito dele. Os meus lábios procuraram, caçando na garganta dele, no seu queixo, até que eu finalmente encontrei os lábios dele. Edward me beijou suavemente por um momento, e então ele gargalhou.
"Eu estava todo preocupado por causa da briga que ia envergonhar os ursos pardos, e é isso que eu ganho? Eu devia te deixar furiosa mais vezes".
"Me dê um minuto pra ajeitar isso", eu caçoei, beijando ele de novo.
"Eu espero o quanto você quiser", ele sussurrou nos meus lábios.
Os dedos dele se entrelaçaram nos meus cabelos. A minha respiração estava ficando desigual. "Talvez de manhã".
"O que você preferir".
"Bem vindo ao lar" eu disse enquanto os lábios frios dele se pressionaram na minha mandíbula.
"Eu estou feliz por você ter voltado".
"Isso é uma coisa muito boa".
"Mmm", eu concordei, apertando mais os meus dedos no pescoço dele.
A mão dele se curvou no meu cotovelo, descendo lentamente pelo meu braço, através das minhas costelas e pela minha cintura, traçando o meu quadril e descendo pela minha perna, ao redor do meu joelho. Ele parou aí, a mão dele circulando o meu tornozelo. Ele puxou a minha perna pra cima de repente, passando ela pelo quadril dele. Eu parei de respirar. Esse não era o tipo de coisa que ele permitia. Apesar das mãos frias dele, eu me sentí quente de repente. Os lábios dele se moveram na base da minha garganta.
"Não é pra trazer a ira prematuramente", ele sussurrou.
"Mas será que você pode me dizer o que há nessa cama a que você se opõe?" Antes que eu pudesse responder, antes que eu sequer pudesse me concentrar o suficiente pra entender o significado das palavras dele, ele rolou para o lado, me colocando em cima dele. Ele segurou o meu rosto com as mãos, angulando ele para que a sua boca pudesse alcansar a minha garganta. A minha respiração estava muito alta - era quase embaraçoso, mas eu não conseguia me importar o suficiente pra ficar envergonhada.
"A cama?" ele perguntou de novo.
" Eu acho ela legal".
"É desnecessária", eu consegui botar pra fora. Ele puxou o meu rosto de volta pra o dele, e os meus lábios se encaixaram nos dele. Lentamente dessa vez, ele rolou até estar em cima de mim. Ele se segurou cuidadosamente pra que eu não sentisse nada do peso dele, mas eu podia sentir a frieza de mármore do seu corpo pressionado no meu. O meu coração estava batendo tão alto que foi difícil ouvir o riso baixo dele.
"Isso é debatível", ele discordou.
"Isso ia ser difícil no sofá".
Fria como gelo, a língua dele traçou os cortornos dos meus lábios. A minha cabeça estava girando - o ar estava vindo rápido demais e muito superficialmente.
"Você mudou de idéia?" eu perguntei sem fôlego. Talvez ele tivesse repensado as suas regras cuidadosas. Talvez houvesse mais significância nessa cama do que eu havia pensado originalmente. O meu coração bateu quase dolorosamente enquanto eu esperava pela resposta dele. Edward suspirou, rolando de novo até que estávamos de novo dos nossos lados. "Não seja ridícula, Bella", ele disse, a desaprovação estava forte na voz dele - claramente ele entendeu do que eu estava falando.
"Eu só estava tentando ilustrar os benefícios de uma cama da qual você não parece gostar. Não se deixe levar".
"Tarde demais", eu murmurei.
"E eu gosto da cama", eu acrescentei.
"Bom", eu podia ouvir o sorriso na voz dele enquanto ele beijava a minha testa.
"Eu também gosto".
"Mas eu ainda acho que é desnecessário", eu continuei.
"Se nós não vamos nos deixar levar, qual é o ponto?" Ele suspirou de novo.
"Pela centésima vez, Bella - é perigoso demais".
"Eu gosto de perigo", eu insistí.
"Eu sei", havia um tom amargo na voz dele, e eu me dei conta de que ele devia ter visto a moto na garagem.
"Eu vou te dizer o que é perigoso", eu disse rapidamente, antes que ele pudesse passar para um novo tópico da discussão.
"Eu vou entrar em combustão espontânea um dia desses - e você não vai poder culpar ninguém além de sí mesmo". Ele começou a me afastar.
"O que você está fazendo?", eu reclamei, me apertando a ele.
"Te protegendo da combustão. Se isso for demais pra você..."
"Eu posso aguentar", eu insistí. Ele deixou que eu me recolocasse no círculo dos braços dele. "Eu lamento por ter te dado a impressão errada", ele disse.
"Eu não queria te deixar infeliz. Aquilo não foi legal".
"Na verdade, foi muito, muito legal". Ele respirou fundo.
"Você não está cansada? Eu devia te deixar dormir".
"Não, eu não estou. Eu não me importo se você me ser a impressão errada de novo".
"Essa provavelmente é uma má idéia. Você não á a única que se deixa levar".
"Sou sim", eu murmurei. Ele gargalhou.
"Você não tem idéia, Bella. E também não ajuda muito que você esteja tão determinada a quebrar o meu autocontrole".
"Eu não vou me desculpar por isso".
Eclipse (Cap 20 - Compromisso)
Assim que eu desliguei o motor, ele estava na minha porta, abrindo ela pra mim. Ele me levantou da cabine com um braço, pegando a minha mala da caminhonete e jogando-a por cima do ombro com a outra. Os lábios dele encontraram os meus enquanto eu ouvia ele chutar a porta da caminhonete pra fechá-la atrás de mim. Sem quebrar o beijo, ele me levantou até que eu estava aninhada em seus braços e me levou pra dentro de casa. A porta já estava aberta? Eu não sabia. Contudo, nós já estavamos dentro, e eu estava atordoada. Eu tive que me lembrar de respirar. Esse beijo não me assustou. Não foi como antes quando eu podia sentir o medo e o pânico escapando do controle dele. Os lábios dele não estavam mais ansiosos, mas agora estavam entusiásticos - ele parecia tão feliz quanto eu por termos essa noite pra nos concentrarmos um no outro. Ele continuou a me beijar por vários minutos, parados na entrada; ele pareceu menos resguardado do que o normal, a boca dele era fria e urgente na minha. Eu comecei a me sentir cuidadosamente otimista. Talvez conseguir o que eu queria não fosse tão difícil quanto eu estava esperando. Não, é claro que ia ser exatamente difícil desse jeito. Com uma risadinha, ele me afastou, me segurando nos braços.
"Bem-vinda ao lar", ele disse, seus olhos estavam líquidos e quentes.
"Isso parece legal", eu disse, sem ar. Ele me colocou gentilmente de pé. Eu passei meus dois braços ao redor dele, me recusando a deixar que algum espaço se formasse entre nós.
(...)
"Podemos discutir uma coisa? Eu apreciaria se você começasse com a mente aberta". Ele hesitou por um momento.
"Eu vou me esforçar o quanto puder", ele concordou, agora cuidadoso.
"Eu não estou quebrando regra nenhuma", eu prometí.
"Isso é estritamente sobre eu e você". Eu limpei minha garganta.
"Então... eu fiquei impressionada de ver o quanto nós fomos capazes de nos comprometer na outra noite. Eu estava pensando que eu gostaria de aplicar o mesmo princípio para uma situação diferente", eu me perguntei porque eu estava sendo tão formal. Deviam ser os nervos.
"O que você gostaria de negociar?", ele perguntou, um sorriso em sua voz. Eu lutei, tentando encontrar as palavras certas pra começar.
"Ouça o seu coração voar", ele murmurou.
"Ele está tremulando como as asas de um bando de pássaros. Você está bem?"
"Eu estou ótima".
"Por favor vá em frente então", ele encorajou.
"Bem, eu acho, primeiro, eu queria falar sobre aquela coisa ridícula da condição do casamento".
"Só é ridícula pra você. O que tem ela?"
"Eu estava me perguntando... essa é uma negociação aberta?". Edward fez uma careta, sério agora.
"Eu já fiz a maior concessão por agora e por depois - eu concordei em tomar sua vida mesmo contra o meu melhor julgamento. E isso devia me garantir alguns compromissos da sua parte".
"Não", eu balancei minha cabeça, me concentrando em manter meu rosto composto. "Essa parte já é um negócio fechado. Nós não estamos negociando as minhas... renovações agora. Eu quero martelar em alguns outros detalhes". Ele me olhou suspeitosamente.
"De que detalhes você fala exatamente?" Eu hesitei. "Primeiro vamos esclarecer os seus pré-requisitos".
"Você sabe o que eu quero".
" Matrimônio", eu fiz parecer que essa era uma palavra suja.
"Sim", ele deu um sorriso largo.
"Pra começar". O choque estragou a minha expressão composta.
(...)
"Edward", eu disse, nervosa, olhando pra uma sarda no meu pulso. "Tem uma coisa que eu quero fazer antes que eu não seja mais humana". Ele esperou que eu continuasse. Eu não continuei. O meu rosto estava todo quente.
"Qualquer coisa que você quiser", ele encorajou, ansioso e completamente sem pistas.
"Você promete?", eu murmurei, sabendo que a minha tentativa de criar uma armadilha com as palavras dele não iam funcionar, mas incapaz de resistir.
"Sim", ele disse. Eu olhei pra cima pra ver que os olhos dele estavam sérios e confusos.
"Me diga o que você quer, e você terá". Eu não podia acreditar no quanto me sentia estranha e idiota. Eu era inocente demais - que era, é claro, o centro da discussão. Eu não tinha nem a mais breve idéia de como ser sedutora. Eu teria que dar um jeito sendo corada e tímida. "Você", eu murmurei quase incoerentemente.
"Eu sou seu". Ele sorriu, ainda inconsciente, tentando segurar o meu olhar enquanto eu desviava os olhos. Eu respirei fundo e me inclinei pra frente até que estava de joelhos na cama. E aí eu passei meus braços pelo pescoço dele e o beijei. Ele me beijou de volta, desnorteado mas com vontade. Os lábios dele eram gentís contra os meus, e eu podia notar que a mente dele estava em outro lugar - tentando descobrir onde estava a minha mente. Eu decidí que ele precisava de uma dica. As minhas mãos estavam tremendo um pouco enquanto eu tirei os meus braços do pescoço dele. Os meus dedos deslizaram até o colarinho da camisa dele. A tremedeira não me ajudou enquanto eu me apressava pra abrir os botões dele antes que ele me parasse. Os lábios congelarem, e eu quase pude ouvir o clique na cabeça dele enquanto ele juntava as minhas palavras e ações. Ele me afastou imediatamente, o rosto dele estava duramente desaprovador.
"Seja razoável, Bella".
"Você me prometeu - tudo o que eu quisesse", eu lembrei ele sem esperança.
"Nós não vamos ter essa discussão". Ele me encarou enquanto fechava os dois botões que eu tinha conseguido abrir. Meus dentes se apertaram.
"Eu digo que vamos", eu rosnei. Eu moví as minhas mãos para a minha blusa e abrí o primeiro botão. Ele agarrou os meus pulsos e os colocou dos meus lados.
"Eu digo que não vamos", ele disse numa voz vazia. Nós nos encaramos.
"Você queria saber", eu apontei.
"Eu pensei que fosse uma coisa minimamente realista".
"Então, você pode pedir por qualquer coisa estúpida, ridícula que você queira - tipo casar- mas eu nem sequer tenho permissão pra discutir o que eu-" Enquanto eu estava falando, ele havia colocado as minhas mãos juntas pra restringí-las em um das dele, e ele colocou a outra mão na minha boca.
"Não", o rosto dele estava duro.
(...)
"Isso é insuportável. Tantas coisas que eu queria dar pra você - e isso é o que você decide pedir. Você tem idéia do quanto é doloroso, tentar te recusar quando você me implora desse jeito?"
"Então não recuse", eu sugerí, sem fôlego. Ele não respondeu.
"Por favor", eu tentei de novo.
"Bella", ele balançou a cabeça lentamente, mas não parecia ser uma negação enquanto o rosto dele, seus lábios, se moviam pra frente e pra trás na minha garganta. Parecia mais uma redenção. O meu coração, já correndo, batia freneticamente. De novo, eu tomei toda a vantagem que podia. Quando o rosto dele virou em direção ao meu com o leve movimento da sua indecisão, eu me virei rapidamente nos braços dele até que os meus lábios alcançaram os dele. As mãos dele seguraram o meu rosto, e eu pensei que ele fosse me afastar de novo. Eu estava errada. A boca dele não estava gentil; havia uma nova extremidade de conflito e desespero na forma como os seus lábios de moviam. Eu travei os meus braços no pescoço dele, e, para a minha pele repentinamente mais quente, a pele dele parecia mais fria do que nunca. Eu estremecí, mas não era pelo frio. Ela não parou de me beijar. Fui eu quem teve que parar, ofegando por ar. Mesmo assim os lábios dele não saíram da minha pele, eles só se moveram para a minha garganta. A sensação de vitória deu uma alta estranha; isso me fez poderosa. Corajosa. As minhas mãos agora estavam inquietas; eu passei pelos botões da camisa dele com facilidade dessa vez, e os meus dedos traçaram as formas perfeitas do peito gelado dele. Ele era lindo demais. Qual era a palavra que ele havia acabado de usar?
Insuportável - isso é o que era. A beleza dele era demais pra suportar... Ele colocou a sua boca de volta na minha, e ele pareceu estar tão ansioso quanto eu estava. Uma das mãos dele ainda segurava o meu rosto, seu outro braço estava apertado na minha cintura, me trazendo mais pra perto. Isso tornou as coisas um pouco mais difíceis enquanto eu tentava alcançar a frente da minha camisa, mas não impossível. Algemas frias como metal se fecharam nos meus pulsos, e puxaram as minhas mãos pra cima da minha cabeça, que de repente estava em cima de um travesseiro. Os lábios dele estavam no meu ouvido de novo.
"Bella", ele murmurou, a voz dele era quente e macia.
"Você pode por favor parar de tentar tirar as suas roupas?"
"Você quer fazer essa parte?", eu perguntei, confusa.
"Essa noite não", ele respondeu suavemente. Agora os lábios dele estavam mais devagar na minha bochecha e na minha mandíbula, toda a urgência havia desaparecido.
"Edward, não -", eu comecei a discutir.
"Eu não estou dizendo não", ele me assegurou. "Eu estou dizendo não essa noite".
Eclipse (27- Necessidades)
De repente, Edward me pegou pelo pulso e me puxou para o peito dele.
(...)
"O acordo está acabado", ele disse abruptamente.
" O quê?", eu asfixiei. "Você está dando pra trás? Não!" "Eu não estou dando pra trás, Bella. Eu ainda vou manter o meu lado da barganha. Mas você fica fora disso. O que você quiser, nada de correntes".
(...)
"Não. Você vai fazer isso do seu jeito. Porque do meu jeito não funciona. Eu te chamo de teimosa, mas olha só o que eu fiz. Eu fiquei colado com essa minha obstinação idiota da minha idéia do que era melhor pra você, apesar de que isso só te machucou. Te machucou tão profundamente, de novo e de novo. Eu não confio mais em mim mesmo. Você pode ter a felicidade do seu jeito. O meu jeito está sempre errado. Então"
Ele mudou de posição embaixo de mim, enquandrando os ombros.
(...)
"Não se preocupe, Bella, amor. Eu não esquecí o resto dos seus pedidos". As mãos dele estavam no meu cabelo, os lábios dele se movendo suavemente - mas muito seriamente - contra os meus, antes que eu me desse conta do que ele estava dizendo. O que ele estava fazendo. Não havia muito tempo pra agir. Se eu esperasse tempo demais, eu não seria capaz de me lembrar porque eu precisava pará-lo. Eu já não conseguia respirar direito. As minhas mãos estavam apertando os braços dele, apertando mais ele contra mim, a minha boca se colou à dele e respondeu todas as perguntas não feitas que ele tinha na cabeça. Eu tentei limpar a minha cabeça, pra encontrar uma forma de falar. Ele rolou gentilmente, me pressionando na grama.
Oh, deixa pra lá! O meu lado menos noble exultou. A minha cabeça estava cheia com a doçura da respiração dele. Não, não, não, eu discutí comigo mesma. Eu balancei a minha cabeça, e a boca dele se moveu para o meu pescoço, me dando uma chance de respirar.
"Pare, Edward. Espere" A minha voz estava tão fraca quanto a minha força de vontade. "Porque?", ele sussurrou na base da minha garganta. Eu trabalhei pra colocar alguma resolução no meu tom.
"Eu não quero fazer isso agora".
"Não quer?", ele perguntou, com um sorriso na voz. Ele moveu seu lábios de volta para os meus, e falar ficou impossível. Calor correu pelas minha veias, queimando a minha pele onde ela tocava a dele.
Eu me fiz ficar concentrada. Eu tive que me esforçar bastante só pra libertar as minhas mãos do cabelo dele, pra movê-las para o peito dele. Mas eu conseguí. E ai eu empurrei ele, tentando afastá-lo. Eu não podia conseguir sozinha, mas ele respondeu como eu sabia que iria. Ele se afastou alguns centímetros de mim pra me olhar, e os olhos dele não fizeram nada além de ajudar na minha resolução. Eles eram um fogo negro. Eles estavam chamuscando. "Porque?", ele perguntou de novo, a voz dele estava baixa e áspera.
"Eu amo você. Eu te quero. Agora mesmo". As borboletas no meu estômago flutuaram para a minha garganta. Ele se aproveitou da minha falta de fala.
"Espere, espere", eu tentei dizer através dos lábios dele.
"Não por mim", ele murmurou em discordância.
"Por favor?", eu ofeguei. Ele gemeu, e se empurrou pra longe de mim, rolando de volta para as suas costas. Nós dois ficamos lá deitados por um minuto, tentando diminuir as nossas respirações.
"Me diga porque não, Bella" ele quis saber.
"É melhor que isso não seja sobre mim". Tudo no meu mundo era sobre ele. Que coisa boba pra ele esperar.
"Edward, isso é muito importante pra mim. Eu vou fazer isso do jeito certo".
"A definição de quem do que é certo?"
"A minha". Ele rolou pra se equilibrar no cotovelo e me encarou, a expressão dele estava desaprovadora.
"Como você vai fazer isso do jeito certo?" Eu respirei fundo.
"Com responsabilidade. Tudo na ordem certa. Eu não vou deixar Charlie e Renée sem a melhor resolução que eu puder dar pra eles. E eu não vou negar a diversão a Alice, já que eu vou ter um casamento do mesmo jeito. E eu vou me prender a você de todas as formas humanas possíveis, antes de te pedir que me torne imortal. Eu vou seguir as regras, Edward". "A sua alma é muito, muito mais que importante pra que eu brinque com ela. Você não vai me fazer cair nessa".
"Eu aposto que eu poderia", ele murmurou, seus olhos queimando de novo.
"Bem-vinda ao lar", ele disse, seus olhos estavam líquidos e quentes.
"Isso parece legal", eu disse, sem ar. Ele me colocou gentilmente de pé. Eu passei meus dois braços ao redor dele, me recusando a deixar que algum espaço se formasse entre nós.
(...)
"Podemos discutir uma coisa? Eu apreciaria se você começasse com a mente aberta". Ele hesitou por um momento.
"Eu vou me esforçar o quanto puder", ele concordou, agora cuidadoso.
"Eu não estou quebrando regra nenhuma", eu prometí.
"Isso é estritamente sobre eu e você". Eu limpei minha garganta.
"Então... eu fiquei impressionada de ver o quanto nós fomos capazes de nos comprometer na outra noite. Eu estava pensando que eu gostaria de aplicar o mesmo princípio para uma situação diferente", eu me perguntei porque eu estava sendo tão formal. Deviam ser os nervos.
"O que você gostaria de negociar?", ele perguntou, um sorriso em sua voz. Eu lutei, tentando encontrar as palavras certas pra começar.
"Ouça o seu coração voar", ele murmurou.
"Ele está tremulando como as asas de um bando de pássaros. Você está bem?"
"Eu estou ótima".
"Por favor vá em frente então", ele encorajou.
"Bem, eu acho, primeiro, eu queria falar sobre aquela coisa ridícula da condição do casamento".
"Só é ridícula pra você. O que tem ela?"
"Eu estava me perguntando... essa é uma negociação aberta?". Edward fez uma careta, sério agora.
"Eu já fiz a maior concessão por agora e por depois - eu concordei em tomar sua vida mesmo contra o meu melhor julgamento. E isso devia me garantir alguns compromissos da sua parte".
"Não", eu balancei minha cabeça, me concentrando em manter meu rosto composto. "Essa parte já é um negócio fechado. Nós não estamos negociando as minhas... renovações agora. Eu quero martelar em alguns outros detalhes". Ele me olhou suspeitosamente.
"De que detalhes você fala exatamente?" Eu hesitei. "Primeiro vamos esclarecer os seus pré-requisitos".
"Você sabe o que eu quero".
" Matrimônio", eu fiz parecer que essa era uma palavra suja.
"Sim", ele deu um sorriso largo.
"Pra começar". O choque estragou a minha expressão composta.
(...)
"Edward", eu disse, nervosa, olhando pra uma sarda no meu pulso. "Tem uma coisa que eu quero fazer antes que eu não seja mais humana". Ele esperou que eu continuasse. Eu não continuei. O meu rosto estava todo quente.
"Qualquer coisa que você quiser", ele encorajou, ansioso e completamente sem pistas.
"Você promete?", eu murmurei, sabendo que a minha tentativa de criar uma armadilha com as palavras dele não iam funcionar, mas incapaz de resistir.
"Sim", ele disse. Eu olhei pra cima pra ver que os olhos dele estavam sérios e confusos.
"Me diga o que você quer, e você terá". Eu não podia acreditar no quanto me sentia estranha e idiota. Eu era inocente demais - que era, é claro, o centro da discussão. Eu não tinha nem a mais breve idéia de como ser sedutora. Eu teria que dar um jeito sendo corada e tímida. "Você", eu murmurei quase incoerentemente.
"Eu sou seu". Ele sorriu, ainda inconsciente, tentando segurar o meu olhar enquanto eu desviava os olhos. Eu respirei fundo e me inclinei pra frente até que estava de joelhos na cama. E aí eu passei meus braços pelo pescoço dele e o beijei. Ele me beijou de volta, desnorteado mas com vontade. Os lábios dele eram gentís contra os meus, e eu podia notar que a mente dele estava em outro lugar - tentando descobrir onde estava a minha mente. Eu decidí que ele precisava de uma dica. As minhas mãos estavam tremendo um pouco enquanto eu tirei os meus braços do pescoço dele. Os meus dedos deslizaram até o colarinho da camisa dele. A tremedeira não me ajudou enquanto eu me apressava pra abrir os botões dele antes que ele me parasse. Os lábios congelarem, e eu quase pude ouvir o clique na cabeça dele enquanto ele juntava as minhas palavras e ações. Ele me afastou imediatamente, o rosto dele estava duramente desaprovador.
"Seja razoável, Bella".
"Você me prometeu - tudo o que eu quisesse", eu lembrei ele sem esperança.
"Nós não vamos ter essa discussão". Ele me encarou enquanto fechava os dois botões que eu tinha conseguido abrir. Meus dentes se apertaram.
"Eu digo que vamos", eu rosnei. Eu moví as minhas mãos para a minha blusa e abrí o primeiro botão. Ele agarrou os meus pulsos e os colocou dos meus lados.
"Eu digo que não vamos", ele disse numa voz vazia. Nós nos encaramos.
"Você queria saber", eu apontei.
"Eu pensei que fosse uma coisa minimamente realista".
"Então, você pode pedir por qualquer coisa estúpida, ridícula que você queira - tipo casar- mas eu nem sequer tenho permissão pra discutir o que eu-" Enquanto eu estava falando, ele havia colocado as minhas mãos juntas pra restringí-las em um das dele, e ele colocou a outra mão na minha boca.
"Não", o rosto dele estava duro.
(...)
"Isso é insuportável. Tantas coisas que eu queria dar pra você - e isso é o que você decide pedir. Você tem idéia do quanto é doloroso, tentar te recusar quando você me implora desse jeito?"
"Então não recuse", eu sugerí, sem fôlego. Ele não respondeu.
"Por favor", eu tentei de novo.
"Bella", ele balançou a cabeça lentamente, mas não parecia ser uma negação enquanto o rosto dele, seus lábios, se moviam pra frente e pra trás na minha garganta. Parecia mais uma redenção. O meu coração, já correndo, batia freneticamente. De novo, eu tomei toda a vantagem que podia. Quando o rosto dele virou em direção ao meu com o leve movimento da sua indecisão, eu me virei rapidamente nos braços dele até que os meus lábios alcançaram os dele. As mãos dele seguraram o meu rosto, e eu pensei que ele fosse me afastar de novo. Eu estava errada. A boca dele não estava gentil; havia uma nova extremidade de conflito e desespero na forma como os seus lábios de moviam. Eu travei os meus braços no pescoço dele, e, para a minha pele repentinamente mais quente, a pele dele parecia mais fria do que nunca. Eu estremecí, mas não era pelo frio. Ela não parou de me beijar. Fui eu quem teve que parar, ofegando por ar. Mesmo assim os lábios dele não saíram da minha pele, eles só se moveram para a minha garganta. A sensação de vitória deu uma alta estranha; isso me fez poderosa. Corajosa. As minhas mãos agora estavam inquietas; eu passei pelos botões da camisa dele com facilidade dessa vez, e os meus dedos traçaram as formas perfeitas do peito gelado dele. Ele era lindo demais. Qual era a palavra que ele havia acabado de usar?
Insuportável - isso é o que era. A beleza dele era demais pra suportar... Ele colocou a sua boca de volta na minha, e ele pareceu estar tão ansioso quanto eu estava. Uma das mãos dele ainda segurava o meu rosto, seu outro braço estava apertado na minha cintura, me trazendo mais pra perto. Isso tornou as coisas um pouco mais difíceis enquanto eu tentava alcançar a frente da minha camisa, mas não impossível. Algemas frias como metal se fecharam nos meus pulsos, e puxaram as minhas mãos pra cima da minha cabeça, que de repente estava em cima de um travesseiro. Os lábios dele estavam no meu ouvido de novo.
"Bella", ele murmurou, a voz dele era quente e macia.
"Você pode por favor parar de tentar tirar as suas roupas?"
"Você quer fazer essa parte?", eu perguntei, confusa.
"Essa noite não", ele respondeu suavemente. Agora os lábios dele estavam mais devagar na minha bochecha e na minha mandíbula, toda a urgência havia desaparecido.
"Edward, não -", eu comecei a discutir.
"Eu não estou dizendo não", ele me assegurou. "Eu estou dizendo não essa noite".
Eclipse (27- Necessidades)
De repente, Edward me pegou pelo pulso e me puxou para o peito dele.
(...)
"O acordo está acabado", ele disse abruptamente.
" O quê?", eu asfixiei. "Você está dando pra trás? Não!" "Eu não estou dando pra trás, Bella. Eu ainda vou manter o meu lado da barganha. Mas você fica fora disso. O que você quiser, nada de correntes".
(...)
Ele mudou de posição embaixo de mim, enquandrando os ombros.
(...)
"Não se preocupe, Bella, amor. Eu não esquecí o resto dos seus pedidos". As mãos dele estavam no meu cabelo, os lábios dele se movendo suavemente - mas muito seriamente - contra os meus, antes que eu me desse conta do que ele estava dizendo. O que ele estava fazendo. Não havia muito tempo pra agir. Se eu esperasse tempo demais, eu não seria capaz de me lembrar porque eu precisava pará-lo. Eu já não conseguia respirar direito. As minhas mãos estavam apertando os braços dele, apertando mais ele contra mim, a minha boca se colou à dele e respondeu todas as perguntas não feitas que ele tinha na cabeça. Eu tentei limpar a minha cabeça, pra encontrar uma forma de falar. Ele rolou gentilmente, me pressionando na grama.
Oh, deixa pra lá! O meu lado menos noble exultou. A minha cabeça estava cheia com a doçura da respiração dele. Não, não, não, eu discutí comigo mesma. Eu balancei a minha cabeça, e a boca dele se moveu para o meu pescoço, me dando uma chance de respirar.
"Pare, Edward. Espere" A minha voz estava tão fraca quanto a minha força de vontade. "Porque?", ele sussurrou na base da minha garganta. Eu trabalhei pra colocar alguma resolução no meu tom.
"Eu não quero fazer isso agora".
"Eu amo você. Eu te quero. Agora mesmo". As borboletas no meu estômago flutuaram para a minha garganta. Ele se aproveitou da minha falta de fala.
"Espere, espere", eu tentei dizer através dos lábios dele.
"Não por mim", ele murmurou em discordância.
"Por favor?", eu ofeguei. Ele gemeu, e se empurrou pra longe de mim, rolando de volta para as suas costas. Nós dois ficamos lá deitados por um minuto, tentando diminuir as nossas respirações.
"Me diga porque não, Bella" ele quis saber.
"É melhor que isso não seja sobre mim". Tudo no meu mundo era sobre ele. Que coisa boba pra ele esperar.
"Edward, isso é muito importante pra mim. Eu vou fazer isso do jeito certo".
"A definição de quem do que é certo?"
"A minha". Ele rolou pra se equilibrar no cotovelo e me encarou, a expressão dele estava desaprovadora.
"Como você vai fazer isso do jeito certo?" Eu respirei fundo.
"Com responsabilidade. Tudo na ordem certa. Eu não vou deixar Charlie e Renée sem a melhor resolução que eu puder dar pra eles. E eu não vou negar a diversão a Alice, já que eu vou ter um casamento do mesmo jeito. E eu vou me prender a você de todas as formas humanas possíveis, antes de te pedir que me torne imortal. Eu vou seguir as regras, Edward". "A sua alma é muito, muito mais que importante pra que eu brinque com ela. Você não vai me fazer cair nessa".
"Eu aposto que eu poderia", ele murmurou, seus olhos queimando de novo.
2 comentários:
eu amo o do capítulo 7!!! foi o que eu mais gostei de todos eeles.. lindo!
15/04/2010, 00:31adorei relembrar! obrigada
Eu tb tenho um carinho especial por esse capítulo... aliás acho que meu livro preferido é Eclipse... não sei ainda... muita dúvida...
15/04/2010, 10:30Postar um comentário